ANÁLISE: Django Livre

18 02 2013

CORRIDA DE OURO – OSCAR 2013

Tarantino, Tarantino… A loucura (em seu bom sentido) de Quentin Tarantino é acompanhar, nos idos dos EUA de 1858, o doutor King Schultz (Christoph Waltz, Bastardos Inglórios e Água para Elefantes), que se finge de dentista para ocultar sua real profissão: caçador de recompensa.

Para a concretização de um de seus trabalhos, doutor King busca auxílio de um escravo que pudesse lhe orientar e reconhecer três irmãos fazendeiros e escravocratas, o que lhe renderia alguns dólares. O único entrave na situação era o fato que o tal escravo, o Django do título personificado por Jamie Foxx (Ray e Código de Conduta), pertencia a terceiros que o transportavam a um mercado de escravos. Uma situação deveras complicada se Tarantino considerasse levar a sério o seu novo trabalho. Mas como tudo o que ele quer é se divertir um pouco, brincar de fazer cinema… não é o que acontece em Django Livre.

Assim, a divertida e rigorosa retórica de doutor King consegue solucionar os seus problemas, contando sempre com o modo Tarantino de resoluções de questões: muito tiro e muito sangue. Desse modo, a companhia de Django é facilmente conquistada e os dois homens partem para a próxima missão a bordo de uma carruagem curiosamente ornada com um dente sacolejante!

Da parceria e do interessante entrosamento dos dois sai grande parte do humor que Django Livre apresenta. Cabe a Christoph Waltz solucionar grande parte dos conflitos com a divertida diplomacia de seu personagem, enquanto o Django de Jamie Foxx tem apenas que ‘dançar conforme a música’ ditada pelo novo colega e encenar os tipos certos para cada enrascada em que os dois se metem: se tornar mero coadjuvante na discussão com o xerife de uma cidadezinha (cenário típico dos western’s como discutiremos a seguir); assumir uma postura mais enérgica na captura dos três irmão, matando dois deles ou tornando-se um negociador na parte final do longa.

Além de garantir sua diversão sentado na cadeira de diretor, Quentin Tarantino também presta uma singela homenagem aos filmes de velho-oeste, de bangue-bangue. Não só a ambientação de seu novo longa remete a este gênero com a cena inicial que retrata um mar de pedras, por exemplo, mas também com a tipografia da fonte nas letras usadas nos créditos iniciais e nos que encerram o filme, mais a empolgante trilha sonora que mesmo uma vez ou outra surge com acordes e músicas mais atuais, traz participações tradicionais de Luis Bacalov e Ennio Morricone.

Em meio ao trabalho conjunto, doutor King conhece um pouco mais do passado de Django e em consequência disso, a vontade do escravo em reencontrar sua esposa. Por ironia do destino e por uma característica única dela (sua fluência na língua alemã), a escrava Brunhilde (Kerry Washington, O Último Rei da Escócia e Sr e Sra Smith) é também uma velha conhecida do falso dentista.

O resgate de Brunhilde leva a trama até a fazenda de Calvin Candie (Leonardo DiCaprio, A Origem, J. Edgar e Gilbert Grape – Um Aprendiz de Sonhador), um magnata agrícola extremamente impiedoso a ponto de estimular uma espécie de MMA mortal entre escravos, um gosto da mais pura crueldade, mas que também possui um lado extremamente inocente e manipulável. Se não fosse pela perspicácia de seu escravo-capataz Stephen (o irreconhecível Samuel L. Jackson, o Nick Fury de toda e qualquer produção da Marvel), as reais intenções de doutor King e Django jamais seriam descobertas.

Claro que Django Livre não terminaria sem uma das mais ilustres assinaturas de Quentin Tarantino: já mencionamos a presença do sangue e dos tiros. Só faltavam a sua participação especial e a carnificina geral, duas carnificas na verdade, que ocorrem dentro da casa-grande de Candie, personificando a vingança e a liberdade definitivas de Django, prolongando a duração do filme além do desejável. Na escala do bom e do ruim, a classificação de Django Livre oscila: até que ponto você gosta das brincadeiras de Tarantino? Fãs fervorosos dele tendem a adorar. Não-fãs podem achar regular ou até detestar, vai depender do perfil de cada um.

NOTA: 3/5





Animação Rio em uma super tela!

21 03 2011

Depois da franquia de sucesso de A Era do Gelo, o brasileiro Carlos Saldanha alça voo solo com a animação Rio, lançamento desse ano dos estúdios 20th Century Fox.

Na trama, uma arara azul descobre que não é a última da sua espécie e disposta a encontrar sua semelhante, voa de Minnesota dos EUA até a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro.

Para a promoção do filme aqui no Brasil, a animação ganhou uma projeção especial na fachada (a super tela do título do post) do hotel Copacabana Palace. Um verdadeiro show!

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Para sentir o gostinho dessa divertida trama, o Universo E! traz dois trailers de Rio. O primeiro, legendado, pois a dublagem original traz estrelas como Anne Hathaway, Jeise Eisenberg, Jamie Foxx e o raper will.i.am.

E o segundo com dublagem em português:





Nos cinemas #1: NOVEMBRO

27 10 2009

Novembro está chegando com muitas novidades para as telonas, fazendo a alegria de cinéfilos como eu e você.

Em novembro temos o fim do mundo, vampiros, jogos sangrentos, romances, comédia…

sawvi_07Para começar: dia 06 estreia a sexta parte da franquia Jogos Mortais. Se os jogos de Jigsaw são muito fortes para você, tem a opção do drama O Solista com a presença de Robert Downey Jr e Jamie Foxx no elenco.

Na macabra sexta-feira 13 do penúltimo mês de 2009 temos também três opções que valem a pena ser vistas: o fim do mundo registrado em 2012 pelas lentes do apocalíptico Roland Emmerich (Independece Day, O Dia Depois de Amanhã, 10.000 A.C.); 2012_06

Ou curtir a comédia romântica de (500) Dias com Ela – que relembra os 500 dias de nam oro de um azarado escritor na tentativa de entender o porquê que ele levou um fora da garota. Sempre reparo que comédias sem grandes nomes no elenco (caso desse (500) Dias…) tendem a não ser decepcionantes!

Dia 13 também é uma sexta-feira para você matar as saudades de Jennifer Aniston nas telonas. Depois de Marley & Eu e Ele Não Está Tão a Fim de Você, ela voltará em cartaz com a comédia O Amor pede Passagem.

newmoon_02Na próxima semana, dia 20, teremos uma das estreias mais aguardadas do ano. Entra em cartaz o segundo longa da saga Crepúsculo: Lua Nova. Aqui, Edward Cullen (Robert Pattinson) se afasta de Bella (papel de Kristen Stewart) e eliminar assim os perigos que um romance entre eles pode causar à garota. E é nesse interim que Jacob Black, descendentes de lobos (vivido por Taylor Lautner), se aproxima de sua eterna paixão.finaldestionation_01

Lua Nova, que teve seus ingressos a disposição do público desde o final de setembro, ainda conta com a participação de Dakota Fanning (Heróis).

E para fechar o mês, Universo E! seleciona duas estreias para a última sexta-feira do mês dia 27: uma comédia que conta com a sempre talentosa e fascinante Meryl Streep em Julie & Julia. E o segundo, mais uma continuação: Premonição 4.








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Ex-Secretário de Estado da Educação e Ex-Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Atual Presidente e Imortal da Academia Paulista de Letras. Membro da Academia Brasileira de Educação. É o Reitor da UniRegistral. Palestrante e conferencista. Professor Universitário. Autor de dezenas de Livros: “Ética da Magistratura”, “A Rebelião da Toga”, “Ética Ambiental”, entre outros títulos.

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